Ultimamente tenho assistido a um mal que está a atacar as minhas amigas solteiras.
Giras, profissionalmente estabelecidas, inteligentes, viajadas, cultas, com sentido de humor e piada e vejo que não dão real valor ao que têm.
Ponho-me a pensar se é um karma hormonal que as mulheres têm de carregar ou se é um mal que a sociedade nos impõe. De repente, impõe-se-lhes a necessidade do compromisso, do relaconamento, do casamento, dos filhos... No fundo acham isso redutor mas não conseguem libertar-se e assumir outra forma de estar e, então, rendem-se a um medo de que não vão conseguir "cumprir os objectivos propostos".
Ponho-me a pensar se é um karma hormonal que as mulheres têm de carregar ou se é um mal que a sociedade nos impõe. De repente, impõe-se-lhes a necessidade do compromisso, do relaconamento, do casamento, dos filhos... No fundo acham isso redutor mas não conseguem libertar-se e assumir outra forma de estar e, então, rendem-se a um medo de que não vão conseguir "cumprir os objectivos propostos".
Eu até entendo que há a biologia que está contra o sexo feminino. A maternidade tem uma janela temporal limitada para nós, mas será só isso que nos atormenta?
Os homens sofrem muito menos desse mal. Em parte porque são muito mais limitados e desinteressantes (verdadíssima!) por outro lado porque, muitos deles, conseguiram a libertação mais cedo e por isso estão aqui a levar-nos uma grande vantagem evolutiva.
Por mais que pense não consigo chegar a uma conclusão definitiva nem tirá-las desse engôdo que é o "espera-se que eu faça isto ou aquilo" ou "a felicidade só tem um tipo molde".
Passaram décadas desde que as mulheres se tornaram iguais, demorou mas lá conseguimos ser vistas como semelhantes (penso que até mais fortes) mas será que a nossa cabeça (digo nossa: mulheres) evoluiu ao ponto de nos libertarmos de esterótipos tão justos?
Os homens sofrem muito menos desse mal. Em parte porque são muito mais limitados e desinteressantes (verdadíssima!) por outro lado porque, muitos deles, conseguiram a libertação mais cedo e por isso estão aqui a levar-nos uma grande vantagem evolutiva.
Por mais que pense não consigo chegar a uma conclusão definitiva nem tirá-las desse engôdo que é o "espera-se que eu faça isto ou aquilo" ou "a felicidade só tem um tipo molde".
Passaram décadas desde que as mulheres se tornaram iguais, demorou mas lá conseguimos ser vistas como semelhantes (penso que até mais fortes) mas será que a nossa cabeça (digo nossa: mulheres) evoluiu ao ponto de nos libertarmos de esterótipos tão justos?
Claro que sim, para algumas. Outras mais ou menos e outras ainda há que estão anos luz da libertação. Sinto que nos incluímos no meio... pelo menos fazemos um esforço para lutar contra e sofremos e sofremos... mas esse sofrimento é o principio da libertação. Espero que a minha filha seja livre, espero ser uma mãe que a irá ajudar a ser livre. Não tive essa sorte, talvez por isso me encontre no meio. Sou, no entanto, casada.... resta saber se só por amor ou por karma :)
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